"Com frequência associada à imagem feminina, a sensualidade passou a ser explorada como um objeto que pode ter valor comercial. Não creio, sinceramente, que haja muitas distorções de valor maiores do que essa. O vulgar ofende, agride, enfeia. O vulgar não é belo, é desprovido de sensualidade.[...] Há o sensual, o sexual e o vulgar. Podem habitar o mesmo continente, mas são separados por barreiras geográficas bem demarcadas. A vulgaridade é burra, a sexualidade é necessária, a sensualidade é divina. Não confundir esses territórios faz com que nossos caminhos sejam trilhados com mais segurança e com muito mais alegria.[...] Sensualidade é saúde, movimento suave, olhar plácido, sorriso sincero, palavra bem colocada. É o senso de beleza precisa, sem artifício, sem exagero, com cuidado, atenção. A sensualidade é a matéria-prima do poeta, e há quem o seja sem nunca ter escrito um verso. Sim, pois ser poeta na vida é ter apreciado a beleza do amor, é ter cantado o canto da paixão, é ter explorado o caminho sensual de uma relação sobre a qual se pode dizer que foi inteira."
Nenhum comentário:
Postar um comentário