segunda-feira, 24 de maio de 2010

O dia depois de hoje...

Ainda há terra nos cantos das unhas. Certas palavras ainda me incomodam, mas já sinto diferença.
Abriram a tampa do caixão e eu me levantei, sujo e com as roupas em decomposição, isso é verdade, mas é o de menos. Nada que um banho e uma troca de roupa não resolvam. E as coisas vão ficando normais como antes: ao laranja o que é limão, ao amarelo o que não é pêra, afinal de contas qual o seu normal?!
Me abaixo quando avisto as pedras voadoras, e elas são muitas. Vem de todos os lados, inclusive do de dentro, mas eu me defendo sem me mexer, me esquivo sem nem tentar, afinal de contas, a vida é minha, a decisão é minha e a esmola, depois que você deixar no meu chapéu, será minha, e eu seguirei em frente, feliz e contente com a profissão que não abracei, palavras de um sábio.
Quem acha absurdo que me julgue, quem acha correto que me vanglorie, e quem é coerente que se sinta inseguro assim como eu.

Vão pro inferno...