Tenho medo. De tropeçar nos cadarços desamarrados com os quais não me importei quando devia; de me esquecer a importância das coisas, a importância de viver conforme tudo que já aprendi e vivi.
Tenho medo.
De não me aguentar e me entregar a essa confessando coisas que nem sei se são verdades; de não me aguentar e voltar pra aquela; de me esquecer de viver a vida de novo ou de respirar o ar puro de ser indestrutível.
Tenho medo.
De crescer e me tornar um ser anti-emocional, totalmente racional e ambicioso, incapaz de ver a vida com esse toque de música e suavidade com o qual ela deve ser vista.
Tenho medo.
De cansar de lutar e me deixar levar; de cair de joelhos e não conseguir levantar; de me apegar a algo que sei ser mentira pra poder me enganar; de entrar na dança.
Tenho medo.
De me entregar aos meus medos.
Já não tenho medos.
Que nós sejamos fortes! Amém.