quinta-feira, 9 de julho de 2009

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Conheci e me apaixonei. Me apaixonei perdidamente. A paixão fortaleceu, virou amor. O amor cresceu e virou o que sinto hoje em dia, tão imenso e anestesiante que não sei explicar o que é, por isso chamo apenas de amor.
O tempo passou e me acostumei. Me acostumei com seu cheiro, me acostumei com seus olhares, me acostumei com seus abraços apertados, me acostumei com seus beijos interestelares, me acostumei a gostar de me acostumar por tanto praticar. Gostei de me acostumar, quase tanto quanto gosto de você. Acostumei e procurei não deixar de gostar.
Aprendi que todas as pessoas tem defeitos e que nem sempre todos os sonhos se realizam, não tão rápido quanto nós queremos. Aprendi que nós, malditos seres humanos filhos de qualquer coisa superior aí, em nossa perfeição sublime e nossa arrogância por sermos ignorantes o bastante a ponto de sermos perfeitamente imperfeitos e fracos por nos contentarmos com isso, queremos e queremos, e às vezes esquecemos que não devemos esquecer de não só querer.
Senti saudade. Sinto saudade! Morro de saudade.
Aprendi o que é saudade com a falta de você, minha companheira mais fiel nesses últimos tempos. Me segue por todos os lugares. Às vezes acho que esse texto deveria chamar "Louca saudade".
Canto, durmo, corro, me estresso, me acalmo, voo alto, tudo esperando pelo momento de te ver. Cresço e amadureço, caio do pé e nasço de novo.
Enlouqueço mas não me esqueço de que não preciso me lembrar.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Era um vez...

Era uma vez uma mulher. Uma mulher linda, de cabelos negros e encaracolados, de pele branca e de esperanças transbordantes. Sonhava com o príncipe encantado, em cavalgar em seu cavalo branco uma cavalgada romântica, a dois, viajar por todo o mundo, conhecer os mistérios do universo, e chegar ao fim do "Foram felizes para sempre".
Era uma vez uma mulher destemida, corajosa, sonhadora, simples mas encantadora, que conheceu o príncipe encantado. Ele com sua capa vermelha, seu cavalo branco, sua espada reluzente, sua armadura bem polida, sua coragem, sua mania de ser imprevisível, e sua família real. Ele com pensamentos críticos, viagens, loucuras, filosofias, ideologias, que a conquistaram e a fizeram se apaixonar completamente.
Era uma vez uma mulher, linda como uma singela noite de lua cheia que montou no cavalo branco do príncipe encantado. Dali pra frente ela só esperava o final feliz, mas ele não veio.
O cavalo ficou menos branco, mais encardido. Tornou-se um pagaré pé de pano. A armadura ficou fosca e arranhada, amassada das batalhas da noite. A capa era de um vermelho desbotado e tinha alguns furos, buracos e pedaços faltando. A espada, prima da excalibur, virou um punhalzinho de quinta e mal amolado. As vitórias contadas com tanto orgulho não passavam de meros empates e a vida era simples, tão simples quanto a de um camponês.
Mas nada disso era o bastante pra mostrar a realidade para essa mulher que vivia seu próprio conto de fadas. Nada disso curava as córneas esperançosas de seus olhos brilhantes.
Era uma vez...
Era uma vez um príncipe nem tão encantado assim, com uma esposa meio cegueta. E então o príncipe parou seu cavalo em um campo aberto, desceu dele, tirou seu elmo e foi tomar uma cerva com os amigos. A mulher esperou, chamou seu nome, se iludiu por um bom tempo, tomou umas xícaras de café, jogou uma biribinha, até que ela se cansou. A mulher que de tanto esperar se revoltou. Desceu do cavalo, correu para sua independência e viveu feliz para (quase) sempre.
O príncipe em uma atitude desesperada ao ver sua (ex)esposa lhe dar as costas e partir, montou em sua ovelha (teve que vender o pangaré para pagar a conta do bar), e saiu em desabalada carreira. Mas era tarde. Nem choro, nem sua tristeza, nem suas súplicas, nem suas juras de amor, nada disso era suficiente. O princípe perdeu sua paixão encantada e a mulher casou com sua falta e finalmente encontrou seu caminho, nem tão encantado assim.
Hoje em dia ele afoga suas mágoas em dois ou três engradados de cerveja por dia e ela trabalha igual a um burro de carga esperando pelo próximo príncipe encantado. E no fim nem tudo é tão feliz assim e nem dura pra tanto sempre...

Pense...

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Amar é, dois pontos...

Amar é, dois pontos... Como assim?! Por que definir isso?! Por que essa maldita mania do ser humano de tentar decifrar tudo não deixa o pobre do amor em paz?! Um sentimento tão grandioso, tão diferente, tão TÃO, tão bom que faz tão feliz, tão inspiraador...
Amar é deixar pra lá, saber respeitar, saber viver sem, viver com, viver pra saber. Saber como está, pra onde vai, porque vai, pra que vai, com quem vai, se vai bem, se não vai, ou simplesmente se está bem, realmente bem. Amar é querer ouvir mais que um "ta tudo bem..." vazio e omisso. Amar é querer mais e mais, mesmo que pra isso tenha que se ter menos por um bom tempo. É saber esperar, é esperar pra saber!
Amar é não querer significados, é reconhecer a eternidade de pequenos momentos, é fazer e querer o bem sem ser seu causador. Amar é querer bem e estar bem. Amar é ser amigo por natureza...
Amar é saber decifrar o seu amor e saber entender e reconhecer o amor que seu amor interpreta.

Amo você! ;P
Saudades dos nossos amores diários!

A pior fraqueza

Medo de perder, medo de não ser, medo de nem ter! Difícil! Muito! Palavras, vem, vão, ficam, marcam, somem e fazem doer...
O pensamento vôa alto, a imaginação faz planos maquiavélicos que as frases mal colocadas tratam de por em prática... Complicado!
Viver é triste quando se vive incompleto, quando falta uma parte... E o tempo continua passando! Ele insiste em passar! Ele teima em deixar tudo para trás e trazer muito do novo.
Tempo! Maldita 4ª dimensão!
E volta o medo! Ele que nunca foi! Ele que abre feridas e aprofunda muitas delas...
Medo de não conseguir, medo de não poder ir, medo de ...
Medo que faz mais forte!

MEDO!

E às vezes é o que mais sinto.

sábado, 4 de julho de 2009

Tem

Tem um que reclama de tudo,
um que ri de todas as coiasas,
Tem o que se envergonha por tudo,
um que brinca com todos
e o que se mantém destaque.
Tem o que se acha no direito de criticar,
um que não gosta de nenhum outro,
um que se acha digno demais pra não ser traiçoeiro,
o que caiu do pedestal e ainda não percebeu,
o que tenta esconder a dor mas não consegue,
um que só pensa nos próprios pensamentos,
e o que sempre nunca acerta.

Ah, e tem o mais hipócrita de todos que se acha no direito de classificar e julgar todos os outros, como se ele fosse Ô perfeito.
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5-21